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Manaus | Cruzeiro Iberostar Grand Amazon

por Cláudia Hofstaetter
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Essa viagem surgiu por um convite da operadora Visual Turismo em parceria com a Iberostar, a Gol, o hotel Intercity Manaus e empresa de receptivo Fontur. Convidaram 8 agentes do Rio Grande do Sul pra conhecer Manaus e eu fui uma delas.

 

DIA 1 – Chegada

Hotel Intercity Manaus

Nos hospedamos a primeira noite no hotel Intercity Manaus e gostei muito dele. Os quartos são amplos, com piso frio, as camas são grandes e confortáveis, o café da manhã é bem variado, e o banheiro tem box de vidro e um chuveiro top. Achei bem localizado, próximo ao Manauara Shopping, ao teatro Amazonas e não fica distante do porto onde embarcaríamos no dia seguinte.

Shopping Manauara e Cachaçaria do Dedé

Como chegamos na metade da tarde, fomos para o shopping Manauara almoçar e acabamos passando o resto da tarde lá.

Encontrei meu primo que estava morando em Manaus e jantamos juntos na Cachaçaria do Dedé (também no shopping Manauara), onde experimentei a cachaça de jambu! Bem típica de Manaus e muito gostosa!

DIA 2 – MUSA e embarque no Iberostar Grand Amazon

Tínhamos a manhã toda livre antes de embarcar no Grand Amazon, então decidimos conhecer o MUSA, o museu da Amazônia. Quem nos sugeriu esse passeio foi a Mônica, que mora em Manaus e gentilmente nos levou até lá. O museu fica a uns 20km do centro, então foi quase um bate e volta rapidinho.

MUSA: Museu da Amazônia

O MUSA é um museu a céu aberto, onde podemos ter contato com a floresta Amazônica, a maior floresta tropical do mundo. Pagamos R$ 20 no ingresso e escolhemos a trilha em direção à torre de observação de 42 metros de altura com vista panorâmica da floresta. A trilha é super tranquila e bonita, mas a subida na torre, no calor que fazia, foi um exercício e tanto! O que nos consola é que a vista compensa o sacrifício. É floresta que não tem mais fim!

Dali pegamos a trilha para o lago das vitórias-régias. No caminho passamos por um aquário, várias exposições, tinha também serpentário, borboletário, fungário, orquidário, bromeliário, mas como o tempo estava apertado não conseguimos ver tudo.

Depois a Mônica nos levou almoçar e tomar um açaí no Waku Sese, uma franquia tradicional com um dos melhores açaís da cidade.

Iberostar Grand Amazon

À tarde fomos até o porto para embarcar no navio Iberostar Grand Amazon. Nosso roteiro era o de 3 noites e 4 dias pelo rio Solimões.

O navio

O Grand Amazon é um navio pequeno, pra navegação em rio, tem apenas 5 andares e poucas cabines comparado aos transatlânticos que estamos acostumados a ver por aqui. Por ser menor, o atendimento é diferenciado e exclusivo.

Apesar do navio ser relativamente pequeno, o tamanho das cabines me surpreendeu! Todas grandes, com varanda. Até o box do chuveiro é enorme comparado ao dos outros navios. Nos quartos tem uma máquina da Nespresso.

Cabine Standard

Cabine Standard

Suíte

Suíte

No restaurante Kuarup são servidas as refeições principais. Há outro espaço mais informal para refeições no terraço próximo à piscina. Também tem um salão para shows e eventos, o salão Lua, com mais um bar. O regime é all inclusive, e este all inclusive não é apenas para alimentação e bebidas. Estende-se também às atividades à bordo e passeios fora do navio!

* Fotos retiradas do site da Iberostar.

Após o embarque fomos convidados a assistir ao pôr do sol no terraço, com drinks e música ambiente.

Depois tivemos um coquetel de boas-vindas com apresentação da tripulação, e procedimentos de segurança. Mais tarde foi servido o jantar.

DIA 3: Despertar da Amazônia e casa do caboclo

Reservei o passeio matinal “Despertar da Amazônia“, que é feito de lancha na região do Manacapurú. Nele avistamos várias aves numa bela paisagem iluminada pelo nascer do sol. Foi neste passeio que vi pela primeira vez o bicho preguiça. Tão bonitinho!

Da lancha consegui ver alguns botos, mas não consegui fotografar. São bem bonitinhos e parecem um golfinho meio amassadinho.

Esses buracos na terra são ninhos de passarinho.

Essa marca escura nas árvores é onde bate a água na época das cheias.

Depois fomos visitar a casa do caboclo, na região do lago Janauacá, para ver como vive a população local e conhecer seus costumes. Fomos muito bem recebidos pela família, que nos apresentou os frutos típicos, comidas e bebidas.

Jantamos e depois assistimos a uma apresentação de músicas típicas com instrumentos indígenas.

Depois do show saímos para uma focagem noturna de jacarés na região de Manaquiri.

DIA 4: Caminhada na selva, palestra, casa flutuante e pôr do sol

Pra esse dia a programação era uma caminhada pela selva com ensinamentos de sobrevivência na região do Manacapurú. Confesso que foi a única coisa que não gostei na viagem!

Caminhada na selva

No folheto dizia pra ir de calça comprida, tênis e levar uma blusa ou casaco de manga longa. Estranhei, porque já tinha feito outras caminhadas em selva antes, em Bonito no Pantanal, e lá dava pra ir com roupa normal (de verão). No pantanal as caminhadas eram feitas em trilhas prontas, ou caminhando pelos decks de madeira, tudo bem bonitinho… em Manaus a história foi outra. (Música de suspense). 

Saímos de lancha para a tal caminhada na selva. Quando o barco encostou e o guia disse pra gente descer, já pensei: “tá, mas cadê a escadinha?”. Ele parou na beira do mato, não tinha escadinha, nem trilha, nem nada! Só mato!

E foi nesse espaço que a lancha encostou. Cadê a escadinha?!

A primeira coisa que ele nos pediu foi pra não encostar nas árvores, pois havia uma espécie de formigas (gigantes, por sinal!) que a picada pode paralisar e até matar um ser humano. Já recolhi os braços e fiz a trilha toda encolhida.

Bom… aí o “índio véio” pega um facão e começa a abrir o mato pra gente passar. Sim! Ele foi abrindo o mato na nossa frente!!!

Andamos um pouco e ele achou uma árvore grande, com uns cipós pendurados. Cortou um deles e ali tinha água! Uma água bem boa e limpinha que ele nos deixou provar!

Depois ele achou outra árvore que cortando o tronco saía leite! Provamos e o gosto era bem parecido com o de leite mesmo; a cor e a textura também. Tinha outra árvore cujo tronco era medicinal, e por aí vai.

Já tinha notado alguns buracos no chão, mas achei que era a toca dos formigões e não dei muita bola. Até que o guia parou, pegou uma varinha e começou a cutucar um desses buraquinhos. Pra quê! Não é que me sai dali uma aranha caranguejeira dessas peludas e grandes?! Gente, eu tenho verdadeiro horror de aranha! Fujo até das miudinhas. Aí a dona Cláudia aqui, que já não estava curtindo muito a tal caminhada na selva, entrou em desespero de vez! Não via a hora de sair daquele lugar.

Eu já estava perdidona, não sabia mais se a gente estava indo ou voltando, só pensava em desviar os buracos e voltar logo para o barco. Atrás de mim estava o Ricardo da Gol, cuja fobia era mosquitos. Ele ia contando, enquanto tomava banho de repelente, que os mosquitos são os animais que mais matam humanos. Não sei qual dos dois estava com mais medo!

Que me perdoe o guia, que se esforçou para nos ensinar técnicas de sobrevivência, mas na selva eu morreria antes de anoitecer! Do coração, com esses monstros soltos.

Pra minha alegria (e do Ricardo) avistamos a lancha! Mas antes o guia ainda ensinou a tramar as folhas pra fazer abrigo.

Não sei se a mata é sempre úmida daquele jeito, ou se havia chovido recentemente, mas algumas partes do chão estava mole e atolávamos os pés. Estávamos com os calçados tão sujos que na entrada do navio tinha um cara para nos lavar de lava-jato do joelho pra baixo. Selva lá e eu aqui!

Mas vejam como eu disfarço bem que estava gostando do passeio.

Palestra, bastidores do navio, show dos funcionários, casa de artesanato

Almoçamos e à tarde fui no auditório assistir a uma palestra sobre os povos e a cultura da Amazônia, e seus frutos, produtos e benefícios (principalmente do guaraná). Depois fomos conhecer os bastidores do navio, incluíndo a ponte de comando e demais cabines.

Voltamos ao terraço e os funcionários do navio fizeram um show, tocando músicas de vários estilos e línguas. Foi muito divertido.

Notaram que o cantor é o mesmo homem que foi nosso guia na caminhada na selva, e o índio da apresentação da noite anterior? Os funcionários são multitarefas! Achei isso muito legal.

À tardinha saímos novamente de lancha para visitar um deck flutuante e conhecer o artesanato local.

Também fizemos uma pequena caminhada na região do Lago Janauari. Essa sim com estrutura e não na mata nativa! Fiquei um pouco apreensiva com medo dos macacos, mas eles foram bem queridos e não me atacaram.

Nessa noite serviram um jantar “de gala” no restaurante Kuarup. Depois assistimos a um show folclórico muito bonito e animado no salão Lua.

DIA 5: Encontro das águas e city tour

Encontro das águas

No dia seguinte acordamos bem cedo para ver o encontro das águas do Rio Negro e Solimões. Neste fenômeno as águas dos dois rios correm lado a lado sem se misturar por uma extensão de mais de 6 km. As águas não se misturam por causa da diferença de temperatura, densidade das águas, e velocidade de suas correntezas.

Encontro das águas do Rio Negro (de água preta) e do Rio Solimões (de água barrenta). O Rio Negro corre cerca de 2 km/h a uma temperatura de 28ºC, enquanto o Rio Solimões corre de 4 a 6 km/h a uma temperatura de 22ºC.

City tour

Desembarcamos e fomos conhecer o mercado público de Manaus. Antes de nos levarem ao aeroporto, o pessoal da Fontur fez um city tour nos mostrando os principais pontos turísticos da cidade. Paramos também para conhecer o belíssimo Teatro Amazonas.

Maquete do Teatro Amazonas: Montada na década de sessenta do século passado na sede da Lego, na Dinamarca, quando a fábrica homenageou vários monumentos históricos em todo o mundo. Possui cerca de 30 mil peças. Enviada para a fábrica da Lego que existia em Manaus, foi encontrada pela empresa que adquiriu o imóvel quando a unidade fechou, e doada ao Museu do Teatro em março de 2001.

E por que não Manaus?

Nosso grupo, somando agentes e representantes, era de 12 pessoas. Fora nós dava pra contar nos dedos os outros brasileiros a bordo! A grande maioria dos passageiros era de europeus e americanos, tanto que as apresentações eram feitas em inglês e português, e vi durante os passeios os guias dando explicações isoladas em espanhol e italiano.

Infelizmente, Manaus ainda é um destino muito pouco procurado pelos brasileiros. Nos meus 12 anos de turismo foram poucas as vezes que enviei clientes pra lá. É uma pena, porque é um destino lindo, com boa estrutura pra receber os turistas.

A Iberostar oferece 3 tipos de roteiros: esse de 3 noites pelo Rio Solimões, o de 4 noites pelo Rio Negro, e quem quiser pode fazer o roteiro completo de 7 noites com os dois rios.

Pra quem não gosta de navio, existem hoteis de selva fantásticos! Vale a pena ficar uns dias a mais por lá pra visitar as cachoeiras de Presidente Figueiredo, as praias e balneários do Rio Amazonas, e fazer o passeio a Anavilhanas, que fica em Novo Airão, que valem muito a pena!

Bora prestigiar Manaus, pessoal!

Deixe sua dúvida nos comentários. E se precisar de ajuda pra montar seu roteiro, ou quiser um pacote pra lá, é só entrar em contato comigo!

 

P.S: Agradeço a Visual Turismo pelo convite, e também a Natália e o João da Iberostar, o Mauro da Visual, e o Ricardo da Gol, que nos acompanharam nesta viagem. Meu primo Marcelo que conseguiu um tempinho pra ir me ver, e a Mônica que nos recebeu super bem e dedicou um dia para passear conosco. Obrigada mesmo!

 

Quando fui: de 10 a 14/05/18.
Quanto tempo: 4 noites, 5 dias.
Como cheguei: De avião saindo de Porto Alegre, voando Gol, com conexão em Guarulhos.
Onde fiquei: 1 noite no hotel Intercity Manaus, e 3 noites no navio Iberostar Grand Amazon.
Principais visitas: MUSA, passeios de lancha pela floresta, encontro das águas e Teatro Amazonas.
Baita dica: Hospedar-se no Iberostar Grand Amazon e ficar mais uns 2 ou 3 dias pra fazer os demais passeios.
Daqui fui para: Casa.

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