Essa viagem à Tailândia foi, sem dúvida, a que mais tempo ficou nos planos! Fiquei dizendo durante anos “a próxima vai ser a da Tailândia”, mas surgia alguma outra oportunidade e a Tailândia acabava ficando pro ano que vem.
Planejamento
Organizar uma viagem pra Ásia é um pouquinho mais difícil e exige um planejamento maior. Os voos são caros, a viagem é longa e não vale a pena ir pra ficar poucos dias, tem que evitar a época das monções (diferentes em cada país), e os nomes dos lugares e passeios são complicadíssimos!
Finalmente essa viagem saiu no final do ano passado! Como muitas outras, partiu de uma tarifa boa de passagem. Emiti ida e volta por Bangkok com um intervalo de 26 dias, e mais tarde decidi os lugares que visitaria nesse tempo. O roteiro final ficou Tailândia, Laos, Vietnã e Camboja.
Viagem e chegada
Embarquei no dia 01/12 em Passo Fundo e cheguei em Bangkok dia 03/12. Até hoje foi minha viagem mais longa! Tanto em quilometragem quanto em dias viajando, mas me preparei tanto psicologicamente que acabei tirando de letra!
Durante o voo e conexões conheci mais brasileiros que estavam indo pra lá. Na chegada já éramos uma turma de quase 20 pessoas!
Desembarcamos, compramos alguns Baths na casa de câmbio do aeroporto, e chamamos uma van pelo Grab, o Uber da Tailândia. A van era chiquetérrima! Parecia uma limusine por dentro.
Cada um desembarcou no seu hotel e marcamos de almoçar juntos mais tarde.
Dia 1: Pôr do sol no Wat Arun e ping pong show
Reencontramos uma parte da turma para almoçar e já combinamos de irmos juntos assistir ao pôr do sol no Wat Arun, o templo do amanhecer.
No caminho paramos numa banquinha de rua, tipo camelô mesmo, e compramos um chip de celular. Outros amigos já tinham comprado e nos indicaram. Ficamos meio desconfiados, mas no fim o chip funcionou direitinho até o fim da viagem!
Voltamos caminhando pra ir conhecendo a cidade. Sempre imaginei Bangkok como uma cidade feia e suja, mas a primeira impressão que tive foi positiva.
Tomamos uma cerveja na Khaosan Road, jantamos pelas redondezas, e depois fomos juntos ao Patpong Night Bazar para assistir ao Ping Pong Show que, resumindo bem, é um show onde vemos as habilidades que o pompoarismo proporciona. O lugar é boca braba e, definitivamente, não recomendo! Contarei em detalhes os perrengues de Bangkok em um próximo post!
Dia 2: Grand Palace, Wat Pho, Chinatown, Wat Traimit e Skybar Lebua
Grand Palace
Acordamos e fomos cedo para o Grand Palace pra evitar as filas gigantes. Já tinha comprado o ingresso online e sabia que precisava cobrir ombros e joelhos e fui preparada. Só não sabia que os tornozelos só podem ser mostrados de saia, mas de calça não (vai entender!). Acabei tendo que comprar uma saia pra poder entrar.
O Grand Palace é um complexo de templos e é nele que fica o Wat Phra Kaew: o Templo do Buda de Esmeralda, considerado o templo mais sagrado da Tailândia. Os tailandeses acreditam que trata-se da escultura mais antiga de Buda, o que a torna um objeto muito adorado. Passamos a manhã toda lá e valeu muito a pena.
Wat Pho
Dali fomos para o Wat Pho, que é outro complexo de templos e abriga a maior coleção de imagens de Buda da Tailândia. É nele que se encontra a estátua do Buda Reclinado, com 46 metros de comprimento por 15 de altura. Dizem que é a maior imagem de Buda reclinado da Tailândia. Com todo o respeito, é um baita Budão!
Na sala onde fica esse Buda gigante, quem faz uma doação de 20 bahts ganha um potinho com moedas que devem ser colocadas nas 108 taças de bronze enfileiradas no corredor para ter sorte. Este número representa as 108 ações positivas da vida de Buda que o levaram à perfeição.
O templo é considerado o primeiro centro de educação superior da Tailândia, abrigando até hoje a faculdade de medicina e de massagem Thai tradicional. Se você for com tempo pode fazer uma massagem por ali.
Chinatown e Wat Traimit (Templo do Buda de Ouro)
Do Wat Pho fomos a pé até o pier e embarcamos num barco pra ir até Chinatown. Não gostei muito daquela região, por isso cruzamos rapidamente em direção ao Wat Traimit, o templo do Buda de Ouro.
O Wat Traimit possui a maior estátua de ouro maciço do mundo, com cerca de 3 metros de comprimento e pesando 5,5 toneladas!
Para voltar decidimos pegar um tuk tuk e o retorno foi com emoção. Pra vocês terem ideia, o cara pegou uma chave pra apertar as rodas do tuk tuk antes de embarcarmos. Tenso!
SkyBar Lebua
Combinamos com nossos amigos brasileiros de ir num rooftop tomar uns drinks e ter uma vista panorâmica de Bangkok. Acabamos indo até o SkyBar Lebua, que tem vários bares, e ficamos no Lebua No.3.
Na volta pro hotel combinamos com o taxista, que não falava inglês, de nos buscar no dia seguinte pra irmos a Ayutthaya.
Dia 3: Floating Market e Khaosan
Provavelmente o taxista não entendeu e não apareceu no horário combinado. Aí vem o segundo perrengue de Bangkok…
Na rua perto do hotel haviam vários taxistas parados que ficam nos abordando pra oferecer passeio. Na falta daquele, decidimos pegar outro táxi que nos levasse até Ayutthaya. O taxista disse que no caminho tinha um floating market e, como também queríamos conhecer um, topamos parar desde que fosse rapidinho.
Chegando no floating market e os caras dos barcos queriam uma fortuna para dar uma voltinha. Decidimos seguir viagem e o taxista praticamente nos obrigou a fazer o passeio, que negociando conseguimos por 1/3 do valor inicial.
O passeio é bem sem graça e só valeria a pena se realmente fosse no caminho… Pois é! Fui olhar no GPS e vi que estávamos a uns 80km pro lado oposto de Ayutthaya! Não era no caminho coisa nenhuma! Ficamos tão brabos que pedimos pra voltar pra Bangkok e acabamos perdendo praticamente um dia de passeio!
Ainda escreverei um post sobre isso, mas me decepcionei demais com os tailandeses nesse ponto. Senti o tempo todo eles só querendo saber de dinheiro, mesmo que pra isso possam estragar a viagem dos turistas. Ainda bem que tínhamos mais dias em Bangkok e não nos deixamos abalar.
De volta à cidade fizemos uma Thai Massage pra relaxar. Muito boa! A melhor da viagem por sinal. Essa casa de massagens fica na curvinha no final da Rambuttri (rua paralela à Khaosan).
Depois disso passamos o resto do dia no nosso bar da Rambuttri tomando Chang, a cerveja local. Valeu a pena também, e só assim descansamos um pouco.
Antes de voltarmos pro hotel, paramos em uma agência comprar o passeio pra Ayutthaya pro dia seguinte. O quarto dia em Bangkok dedicamos a este passeio, e no quinto dia fizemos outro bate e volta até Pattaya pra conhecermos o Santuário da Verdade.
Estes passeios foram tão legais que vou contar melhor nos próximos posts. Esse daqui já está bem grande.
Quando fui: de 03 a 07/12/19.
Quanto tempo: 4 noites e 5 dias.
Como cheguei: De avião saindo do Rio de Janeiro, voando British Airways, com conexão em Londres.
Onde fiquei: Hotel Rambuttri Village.
Principais visitas: Grand Palace, Wat Pho, Wat Traimit, e os bate e voltas pra Ayutthaya e Pattaya.
Baita dica: Relaxar nos barzinhos da Rambuttri depois do dia de passeios.
Daqui fui para: Chiang Mai.