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Sintra e Queluz: bate e volta de Lisboa

por Cláudia Hofstaetter
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Após os 2 dias em Lisboa, que contei nesse post, decidimos fazer um bate e volta até Sintra. Fomos de trem da estação do Rossio até lá

Chegando em Sintra compramos o ticket do ônibus 434 que sai da própria estação e pára nos principais pontos turísticos da cidade.

 

Castelo dos Mouros

Começamos pelo Castelo dos Mouros, que é uma fortificação militar do século X que tinha função de proteção e vigilância.

O Castelo dos Mouros me lembrou muito o Castelo de São Jorge que vistamos em Lisboa. Aí fui pesquisar e descobri que os “castelos” em Portugal se referem à construções de defesa, que ficam num local alto, normalmente com torres, fossos e muralhas fortificadas. O que aqui chamamos de castelos, com função de moradia, lá são chamados de palácios.

Palácio Nacional da Pena

E foi um “palácio” que visitamos logo em seguida: o Palácio Nacional da Pena, que foi residência do rei consorte D. Fernando II.

Anteriormente no local do palácio havia uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. Anos depois foi determinada a construção de um convento de madeira, que depois se transformou num mosteiro permanecendo assim por mais de dois séculos. No século XVIII um raio destruiu parte da torre, capela e sacristia, e terminou de ser destruído no terremoto de 1755, restando apenas parte do altar-mor e algumas obras de arte.

Sua reconstrução começou quase um século depois, entre 1839 e 1885, por ordem do rei D. Fernando II, que decidiu transformá-lo em residência real.

Após a morte do rei o palácio foi deixado de herança para sua segunda esposa. O ato não foi bem aceito pelo povo e ela acabou aceitando uma proposta de compra feita pelo Estado em 1889. Reservou apenas uma parte nas redondezas do palácio, onde fica o Chalet da Condessa, onde permaneceu residindo.

Atualmente o Palácio Nacional da Pena é um dos monumentos mais visitados de Portugal, chegando a ultrapassar o Mosteiro dos Jerônimos em número de visitas em alguns anos.

Almoçamos ali mesmo no restaurante do Palácio e seguimos para a Quinta da Regaleira.

Quinta da Regaleira

A Quinta da Regaleira é a área da casa de veraneio da família Monteiro. No local encontramos as criações de seu proprietário Antônio Augusto de Carvalho Monteiro, aliados ao virtuosismo do arquiteto-cenógrafo italiano Luigi Manini, que misturou várias referências, desde mitologia grega até a obra de Dante Alighieri. Assim, podemos observar misturas arquitetônicas como uma capela dividindo espaço com estátuas de divindades gregas, grutas, fontes e passagens subterrâneas.

Um dos destaques de lá é a torre invertida, com 27m de profundidade.Além das construções da Quinta da Regaleira, destaca-se também a paisagem do lugar. Todas as obras foram construídas em um lindo e enorme jardim.

Palácio Nacional de Sintra

A última parada foi o Palácio Nacional de Sintra e, como estávamos bem cansados, optamos por não entrar. Dizem que possui várias salas diferentes e um bonito acervo de azulejos. Este palácio é uma construção com inspiração árabe, e o que mais chama a atenção são suas duas chaminés brancas cônicas. A partir do século 12 o local se tornou a residência da família real portuguesa.

Palácio de Queluz

Quando estávamos no trem voltando para Lisboa, nos chamou a atenção uma estação que se chamava Queluz e, como ainda havia tempo, decidimos descer para visitar o palácio. Sabíamos que a visita teria que ser rápida e conseguimos entrar no último horário permitido para a entrada. A visita ao Palácio de Queluz vale muito a pena! Procure incluir no seu roteiro.

O Palácio de Queluz foi construído no século XVIII como um recanto de verão para D. Pedro de Bragança. Após o incêndio que atingiu o Palácio da Ajuda em 1794, o Palácio de Queluz passou a ser a residência oficial do príncipe regente português, o futuro D. João VI, e de sua família. Permaneceu assim até a fuga da família real para o Brasil em 1807, devido à invasão francesa em Portugal.

D. João VI e a Corte regressaram a Portugal em 1821, mas Queluz só volta a ser habitado pela rainha D. Carlota Joaquina.

Foi neste palácio que D. Pedro I morreu, exatamente no mesmo quarto em que nasceu (quarto D. Quixote). A partir desta data entrou em declínio, até que em 1908 o rei D. Manuel II o cedia à Fazenda Nacional.

Retornamos ao hotel em Lisboa e no dia seguinte embarcamos em um voo até Madri, mas essa parte deixo pra contar em um outro post.

 

Quando fui: 22/09/15.
Quanto tempo: 1 dia.
Como cheguei: De trem, saindo da estação do Rossio em Lisboa.
Principais visitas: Castelo dos Mouros, Palácio Nacional da Pena, Quinta da Regaleira e Palácio de Queluz.
Baita dica: Não deixe de visitar o Palácio de Queluz na ida ou na volta. Fomos sem expectativa (porque “sobrou tempo”) e foi a melhor surpresa desse dia!
Daqui fui para: Lisboa e depois Madri.

1 comentário

Orlando Trage 13/01/2022 - 16:11

Parabéns, Cláudia pela descrição. Concordo que o Palácio de Queluz vale muito ser visitado. Tem muito a ver com a história do Brasil. Muito menos suntuoso, guarda uma certa semelhança com o palácio de Versalles na França.

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